quinta-feira, 4 de março de 2010

Prioridades

Há umas semanas atrás fazia parte do repertório dos melhores humoristas, José Sócrates e Alberto João Jardim, juntos e de acordo, a fazerem rasgados elogios um ao outro, era uma piada com sucesso garantido, foi necessário acontecer a tragédia por todos conhecida na Madeira para se passar da piada à realidade de um momento para outro.


Isto faz. me pensar que infelizmente a única solução para os nossos governantes se unirem e trabalharem todos pelo mesmo fim só acontecerá se um dia uma tragédia idêntica nos acontecesse, talvez esteja a exagerar porque mesmo numa situação dessas ainda apareciam a atribuir responsabilidades politicas uns aos outros, enfim é o que temos .

Mas a nós acontece a mesma coisa, e níveis diferentes, outras realidades, mas o mesmo problema. Vivemos na correria do trabalho, da rotina do dia-a-dia, valorizamos e damos importância a pequenas coisas, nunca temos tempo para uma conversa com um amigo, para nós próprios, para os nossos filhos, etc., e de repente depararmos com uma "tragédia" na nossa vida ou com alguém que nos é próximo, e tudo aquilo que supostamente era importante e os tais problemas passam de um momento para o outro a não fazerem qualquer sentido, mais uma vez é preciso que isso aconteça, para valorizar o que realmente merece ser valorizado.

Cada vez mais acho que não devemos deixar para amanhã o que podemos fazer hoje, dar mais importância às coisas para as quais nunca temos tempo, à família aos amigos, dar valor às palavras, dizer e fazer o que pensamos o que sentimos, tudo o que normalmente relevamos e vamos adiando, não por falta de vontade mas é sempre o maldito "tempo" que nunca dá para tudo, ou talvez dê, é tudo uma questão de prioridades.

Por vezes há situações que nos fazem, redefinir essas prioridades.

2 comentários:

  1. A culpa de tudo isso passa por nós.
    Aquilo que nos parece muito importante em determinada altura, por vezes revela-se sem importancia alguma mais tarde e o tempo que gastámos com isso perdemo-lo em atenção a quem mais precisava de nós.

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  2. Ás vezes é preciso apanhar um "justo" para perdermos/ganharmos 5 min do nosso escasso tempo livre para meditarmos acerca de onde andamos a dispender o nosso precioso tempo e passar a redefinir as prioridades da nossa vida... por isso é que acho que os sustos surgem na nossa vida, o homem só aprende sentindo na pele.
    Actualmente somos mais umas máquinas escravas da sociedade do que seres sentimentais que somos, que precisam de uns dos outros para serem saudáveis e completos... mas não somos também nós quem dita as regras da sociedade? Será que também ás vezes não dá jeito a desculpa da falta de tempo? Assim adia-se a mudança, o estarmos com connosco próprios... qtas pessoas gastam 5 min do seu dia para estar em silêncio com ela própria?... pois, fica para amnaã... hoje já não tenho tempo...
    Este é daqueles temas para um serão lol
    ;-)

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